...pensei em voar
até sonhava
que nos meus passos
havia asas...
quis repousar
sonhos e planos
e o meu pesar....
faltou-me casa
não magoar
não causar danos
pensei mudar
de opinião
matar desejos
do coração...
seguir calada
a minha sina
e cabisbaixa
negar a rima
e tudo aquilo
que o dia ensina...
deixar que os anos
e os meus enganos
fossem levando
o que eu nao fui...
veja que a alma
é soberana
mesmo calada
nunca se engana
e a mina d'água
um dia flui...
pensei em voar
e até sonhava...
e nos meus pés
havia asas!!!
Sabe você o que vê o olhar brilhante do saruê? *** Eu me diluo e me construo em cada palavra que escrevo, talvez um dia consiga montar o meu perfil mais verdadeiro...
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Figura: Fonte original
Este é um dos poemas mais lindos que eu já li em toda a minha vida. Ele simboliza a ligação espontânea e feliz entre duas pessoas que se encontram e decidem, explicita ou tacitamente, compartilhar suas vidas, seus corpos e sua alma. Um lindo poema-mito-pacto de amor!!! Um poema universal e atemporal, assim como o amor, que não pode ser classificado de antigo, moderno ou atual.
Conta Lin Yutang que este símbolo foi expresso por uma senhora chinesa de nome Kuan, esposa do grande pintorYüan Chao Mengfu, e também pintora e mestra na Corte Imperial. Quando maduro ambos e já ia arrefecendo o ardor de Chao, ou pelo menos já pensava em toma u’a amante, escreveu ela este poema, que penetrou o coração do marido e mudou-lhe as intenções:
“Há entre nós ambos
demasiada emoção.
tal é o motivo
Do que tem havido!
Toma um bocado de argila,
molha-a, amolga-a,
e faze uma imagem minha
e uma imagem tua.
Toma-as então, rempe-as
e adiciona-lhes um pouco de água.
Transforma-as de novo
em uma imagem tua
e uma imagem minha.
E então haverá na minha argila alguma coisa tua
e na tua argila alguma coisa minha.
E jamais coisa nenhuma nos há de separar
vivos, dormiremos na mesma cama
e, mortos, na mesma sepultura,”
...e não me acuse se ser romântica, eu não terei como nem porque me defender!!
Fonte: YTANG, Lin. A importância de viver. 2. ed. Globo, Porto Alegre, 1941 [tradução: Mário Quintana]
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
De onde surgem os poemas??
penso que...
às vezes os poemas vêm com os acontecimentos,
quando é uma forma de sentir intensamente o que se vive
às vezes, eles vêm antes,
como uma inscrição gravada num vidro de perfume à toa...
podem expressar alegrias e pesares
ou profetizar acontecimentos
o tempo e o espaço da poesia não se limita ao autor e à sua localização
todos os poemas se lançam ao mundo...
em busca de eventos, seres e sentimentos que lhes dão sentido,
viajam pelo espaço mistico da existência!!
às vezes os poemas vêm com os acontecimentos,
quando é uma forma de sentir intensamente o que se vive
às vezes, eles vêm antes,
como uma inscrição gravada num vidro de perfume à toa...
podem expressar alegrias e pesares
ou profetizar acontecimentos
o tempo e o espaço da poesia não se limita ao autor e à sua localização
todos os poemas se lançam ao mundo...
em busca de eventos, seres e sentimentos que lhes dão sentido,
viajam pelo espaço mistico da existência!!
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Antes de começar o novo ano...
Antes de, efetivamente, começar o ano novo, o que eu preciso fazer??
No rastro dos dias
Ficam pelo caminho
Tarefas não realizadas,
Sonhos não vividos,
Palavras não ditas...
e "há tempo pra tudo embaixo do céu"
No rastro dos dias
Ficam pelo caminho
Tarefas não realizadas,
Sonhos não vividos,
Palavras não ditas...
e "há tempo pra tudo embaixo do céu"
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