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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A rosa



Beth Midle



Há quem chame ao amor um rio, submergindo o frágil rebento; outros chamam-lhe lâmina, sangrando a alma. Outros ainda, chamam-lhe sede, um desejo eternamente insatisfeito. Eu chamo-lhe flor, porque és a sua semente.

É um coração inseguro, incapaz de aprender a dançar; um sonho que se quer infinito, adiando a hora de acordar. É aquele que teme entregar-se, por desconhecer a dádiva. É a alma que, de tão assustada com a morte, se esqueceu de viver.

Quando a noite se preenche de solidão e o caminho aumenta em distância, quando julgas que o amor nasceu para os afortunados, os audazes; recorda que sob toda a neve do inverno jaz a frágil semente que o amor do sol primaveril desabrochará em rosa.

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